O que é Embriologia?
A embriologia é a ciência que trabalha a formação dos órgãos e sistemas de um animal, a partir de uma célula . Faz parte da biologia do desenvolvimento. O desenvolvimento embrionário dos animais inicia-se pela relação sexual, gerando o zigoto ou ovo, que passará por três fases sucessivamente: mórula, blástula e gástrula.
Formação dos espermatozóides e a fecundação (no ser humano)
Os espermatozóides são formados nos testículos, sendo depois armazenados nos epidídimos, estruturas em formas de C que ficam à volta dos testículos,onde ocorre a maturação dos espermatozóides. Estes são levados pelos funículos espermáticos, e em seguida ao ducto deferente até a parte final da uretra, a fossa navicular de onde é expelido durande a ejaculação. É importante lembrar que a cada ejaculação o homem produz em média 90000 milhões de espermatozóides, sendo somente 15 por cento são perfeitos, com chances de chegar ao seu objetivo. E desses um só consegue penetrar no ovócito II . Já dentro do trato genital feminino, o espermatozóide, com seu flagelo, vai ao encontro do ovócito II, por atração química. Durante esse percurso é quando acontece a capacitação, onde o espermatozóide, juntamente com substâncias genitais femininas, das quais retira algumas propriedades, o que faz com que ele seja atraído pelo ovócito II e consiga fecundá-lo.
Chegando ao encontro do gameta feminino, esse espermatozóide, cuja célula tem grande número de lisossomas, libera algumas subtâncias para digerir a camada de células (teca) e a zona pelúcida, que envolve o ovócito II. É importante lembrar que essa camada é um pouco espessa, e portanto o primeiro espermatozóide a chegar nunca entra no ovócito II, mas os outros aproveitam-se do caminho feito pelos primeiros.
Bloqueio rápido
Quando o espermatozóide atinge o ovócito II, há uma despolarização química desse ovócito II, afastando todos os espermatozóides em volta, o que dura aproximadamente 15 segundos, fazendo desencadear o bloqueio lento. Esse bloqueio lento é o processo pelo qual ocorre a diferenciação sexual.
Bloqueio lento
Dentro do ovócito II, existem algumas estruturas chamadas vesículas corticais, que "estouram" depois do bloqueio lento, liberando substâncias que tornam o ovócito II não mais atrativo ao espermatozóide.
Então depois de todo esse trajecto e algum tempo, o ovócito II e o espermatozóide, já fundidos, passam a se chamar ovo, uma única célula com 46 cromossomas, 23 do pai e 23 da mãe, que dará origem a um novo ser.
Desenvolvimento
Portanto, a fecundação dá-se quando um espematozóide fecunda um ovócito II e forma uma Célula-ovo que se divide por mitoses sucessivas em 2,4,8..16..32... células.
Ao 4º dia após a fecundação, o embrião adquiriu uma forma esférica, formado por uma massa de células, assemelhando-se a uma amora, a este estágio chamamos estágio de mórula. O embrião mantém ainda o mesmo volume do ovo, apesar das contínuas divisões celulares. As células começam a organizar-se e formam dois grupos celulares: Botão embrionário – um conjunto de células que originará o novo ser; Trofoblasto – uma camada superficial envolvente da cavidade (blastocélio). A esta estrutura chama-se Blastocisto; o Blastocisto ainda é envolvido pela zona pelúcida. Ao 6º dia, o Blastocisto eclode para o exterior da zona pelúcida – fora do invólucro, as células do trofoblasto aderem à zona superficial do endométrio, iniciando-se a NIDAÇÃO.
- 4ª semana: Possui de 4 a 12 somitas. Tubo neural é aberto nos neuroporos caudal e rostral. Arcos faringeos (Bronquiais), visíveis com 24 dias-1° mandibular e maxilar;2° hoíde (base da língua).
Ocorre o dobramento do coração na saliência ventral e já possui batimentos. 3 pares de arcos faringeos, fechamento do neuroporo rostral, saliência encefálica curva, cauda pequena, broto do membro superior, fossetas óticas, placoídes cristalinos, 4 pares de arcos faringeos, broto do membro inferior, rudimentos de órgãos cardiovasculares. Neuroporo caudal se fecha.
Face em contacto com o coração. 2° arco híoide cresce sobre o 3 e o 4 (depressão seio cervical) pescoço. Brotos dos membros superiores em forma de remo, e inferiores em forma de barbatanas, Crista mesoméfricas.
- 6ª semana: Cotovelos e placa das mãos com raios digitais, contracções musculares do tronco e membros, saliências auriculares (meato acústico externo), olhos e pescoço são evidentes, já responde ao toque.
- 7ª semana: Chanfraduras entre os dedos, redução e comunicação intestino e saco vitelinico. Forma-se hérnia umbilical (intestino penetra na célula extra-embrionária).
- 8ª semana: Dedos separam-se (ainda com membranas), pé em forma de leque com chanfraduras, cauda curta, mãos e pés aproximam-se do ventre, já possui caracteres humanos, cabeça é metade do embrião, pálpebras e pescoço .
Gametogénese
É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas, os gametas, preparando-os para a fertilização. Durante a gametogênese, o número de cromossomas é reduzido para metade e a forma das células é alterada. A gametogênese masculina é chamada espermatogênese e a feminina ovogênese.
Na espermatogênese, ainda no período fetal são formadas as espermatogônias, células diplóides, que ficam nos tubos seminíferos. Ao atingir a puberdade, estas células irão começar a desenvolver-se, aumentando de número por meio de sucessivas mitoses. Após sofrerem mitoses e modificações, transformam-se em espermatócitos primários. Estas células sofrerão uma meiose reducional. Assim formam-se dois espermatócitos secundários, haplóides, que sofrem uma 2° divisão meiótica que formará 4 espermatidíos haplóides. Essas 4 espermatidíos sofrerão a espermiogênese, um processo de maturação das espermatidíos até se transformarem em espermatozóides. Todo o processo da espermatogênese é sustentado pelas células de Sertoli, que revestem o túbulo seminífero, nutrindo as espermatidíos.
A ovogênese é mais complicada. Consiste, muito resumidamente, na transformação das ovogônias em ovócitos maduros. Antes de nascer, no período fetal, as ovogônias, células diplóides, começam a proliferar-se por divisões mitóticas. Ainda no período fetal, as ovogônias desenvolvem-se e formam os ovócitos primários (ovócito I), que consistem em células esféricas cobertas pela zona pelúcida e por um folículo primordial, células do tecido conjuntivo achatadas. Na puberdade este folículo primordial cresce, e o ovócito primário também. As células foliculares sofrem modificações até formarem o Folículo Primário. Depois com a formação de mais camadas foliculares, forma-se o folículo secundário. E assim o desenvolvimento destas células fica parado na prófase da Meiose I (estágio de dictióteno), que seria até mais ou menos os 11 anos.
- A meiose feminina só é completada após a fecundação.
- Acredita-se que uma substância conhecida como Inibidor da maturação do ovócito (OMI), age mantendo estacionado o processo meiótico (dictióteno).
- Durante a puberdade o folículo amadurece e ocorre a ovulação (ou ovocitação).
Após o nascimento , não se forma mais nenhum ovócito I. Ou seja, a mulher nasce com um número certo de células reprodutoras, enquanto o homem têm uma contínua produção de espermatócitos, pois o ciclo mitótico e meiótico é constante nos homens.
Assim os ovócitos I permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade (em prófase, no dictióteno). O ovócito I aumenta de tamanho na maturação imediatamente antes da ovulação.
É nos túbulos seminíferos, que são produzidos os espermatozóides. Dentro deles encontra-se o epitélio germinativo, que são células que se diferenciam para formar o espermatozóide.